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domingo, 17 de novembro de 2013

O QUE É, O QUE É?

Estudante, violonista e poeta

Por Daniel Henrique

O que é, o que é?
É um ser humano normal
Mas tem uma força incrível
Supera todos os obstáculos
Com unhas, dentes e braços
E sem nem esboçar cansaço
Faz até o impossível
O que é, o que é?
Tem o amor mais fácil de identificar
E o mais difícil de medir
Não para, não desiste
Mas luta, briga, insiste
Sempre está disposta à levantar
Mas nunca aceita cair

O que é, o que é?
Nem rima para ela existe
Homenageá-la, é difícil de fazer
Pois nem todos os versos líricos
Com todos os seus artifícios
Conseguem ser sequer precisos
Ao descrever a alegria de ser, e ter.

Mãe.

SANGUE



Pinga, cada gota valiosa
Deste líquido da vida
Pinga, aquilo que já foi outrora
Impagável e majestosa
E não simples mercadoria

Jorra, como um vulcão em erupção
Quando não mais satisfeito
Luta, de corpo, alma e coração
Sangue azul!? O meu não!
Eu me orgulho em ser vermelho!


Por Daniel Henrique

DAS CONTRADIÇÕES



E é naquela hora, que o dedo coça
Pra escrever algo que não devo
Algo que quando dito, choca
Choca tanto que eu nem me atrevo.

Logo eu, que me julgava tão sincero
Escondo o que mais quero dizer
Engraçado, estas sempre do meu lado
Mas nem tens ideia do quanto gosto de você.


Por Daniel Henrique

RODOPIOS


Uma taça, e mais uma
Vou virando
O meu mundo
Vai girando
E quando ele para
É você que está lá
Então eu torno à virar
Pra ver se paro de pensar
Que quando ele para de girar
É você que está lá.




Por Daniel Henrique

IDEIAS REVERSAS

Por Daniel Henrique

Só queria te pedir algumas coisas
Que por favor, continue sem me notar
E independente de qualquer coisa
Não ouse por mim se apaixonar

Não me beije, não me abrace
Não deixe que eu fique perto de ti
E mais importante do que tudo isso
Não faça nada do que te pedi.

ORDENS


Por Daniel Henrique

Cala-te, não questiona
Só executa o que te foi ordenado
Sonhos? Pobre criança...
Todos eles, junto com a esperança
Ao paredão foram mandados

Sentes falta deles? Não te preocupas
Aqui lhe darei um novinho em folha
O sonho de uma "pátria soberana"
Que custa vidas humanas
E mais alguns sonhos na forca.

Atira, bate, mata
Derrama o sangue alheio
Alheio disse eu?
Esse sangue é o mesmo que o teu
Chega de poemas, acabou o recreio.

SORRISO


Por Daniel Henrique


Lá estava eu, em mais um dia parado
Mais um dia "mais ou menos", enfim
Então, sem perceber, virei para o lado
Por quê para aquele maldito lado? Diabo!
Naquele momento exato, ela estava sorrindo pra mim.

Então de "mais ou menos", o dia desandou
Se foi pra mais ou pra menos, ainda não decidi
Mais desejo, o coração palpitou
Menos esperanças, o cérebro falou
Maldito momento que ela sorriu para mim.